Novo módulo de formação discute desenvolvimento organizacional participativo para a bioeconomia no Amapá
A formação CapGestão Amazônia realizará novo módulo em Macapá entre os dias 19 e 22 de julho. Serão três dias de trabalho sobre a temática de desenvolvimento participativo para organizações da agricultura familiar, de povos indígenas e comunidades tradicionais. A capacitação tem como objetivo oferecer ferramentas e processos que promovam o fortalecimento e o desenvolvimento de organizações, por meio de processos de mudanças organizacionais.
Nesta formação, professoras/es e profissionais encontrarão conceitos e ferramentas que apoiam o diagnóstico, o planejamento e o monitoramento da mudança organizacional, baseados nos processos participativos e de empoderamento. “O CapGestão Amazônia preenche uma lacuna observada em nossas ações, ao oferecer formações participativas e ferramentas adequadas para fortalecer organizações da agricultura familiar e comunidades tradicionais, e com a aplicação destas ferramentas esperamos promover o desenvolvimento local e uma bioeconomia cada vez mais inclusiva”, ressalta Gabriel Araújo da Silva, professor na Ueap.
Esta capacitação faz parte do processo de institucionalização do CapGestão Amazônia no estado. O CapGestão é uma capacitação formado por oito módulos, voltados para fortalecer estratégias mais adequadas para gestão, acesso a mercados e desenvolvimento de empreendimentos da sociobioeconomia. No Amapá, a ação é resultado de uma parceria entre a Universidade Estadual do Amapá (Ueap) e o projeto Bioeconomia e Cadeias de Valor, ao mesmo tempo em que engloba outras instituições de ensino e assessoria da região. Desde agosto de 2022, já foram realizados quatro módulos no estado, tratando de temas de Cadeias de Valor com Enfoque em Gênero, Plano de Negócios, Facilitação de Processos Participativos e Mapeamento e Análise de Cadeias de Valor.
O propósito deste processo é oferecer um ferramental metodológico útil à capacitação de profissionais nas turmas do CapGestão Amazônia. “A formação de formadores oportuniza que professores e professores estejam mais bem preparados, e que possam contar com um conjunto de ferramentas que facilite o seu trabalho de extensão junto aos empreendimentos. Nossa estratégia é que as ações sejam desenvolvidas ao longo dos anos, uma vez que são implementadas por um quadro docente comprometido com o desenvolvimento local e com a busca de soluções sustentáveis para uma bioeconomia inclusiva”, afirma Cláudia de Souza, assessora técnica na GIZ.
Nesta edição, a formação contará com a participação de professoras e professores de instituições de ensino do estado, além de contar com a presença de representantes de empreendimentos da agricultura familiar, de povos indígenas e comunidades tradicionais da região. Estão inscritas pessoas representantes do Instituto Federal do Amapá, da Associação das Comunidades Tradicionais do Bailique, do Centro de Formação Profissional em Aquicultura e Pesca, da Associação das Famílias da Casa Familiar Rural de Gurupá, Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas da Ilha das Cinzas, Universidade do Estado do Amapá, Escola Familiar Agrícola Do Pacuí, da Escola Família Agroextrativista Do Carvão, da Câmara de Comercialização de Produtos da Sociobiodiversidade e Agroecologia do Amapá e do Instituto Terroá.
Estas ações são implementadas em conjunto com Universidade Estadual do Amapá e o projeto Bioeconomia e Cadeias de Valor. Este projeto é desenvolvido na Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da parceria entre o Ministério Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, com recursos do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha.