Bioeonomia

Módulos formativos do CapGestão Amazônia passam a ser implementados em Altamira, Pará

Publicado por GIZ em

A partir de junho de 2023 começa a ser implementada uma série de módulos de formação para professoras e professores da Universidade Federal do Pará, do Instituto Federal do Pará, Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), de Casas Familiares Rurais que atuam na região de Altamira, de empreendimentos e de organização e trabalhadores, como a Cooperativa Mista Agroindustrial De Agricultores E Técnicos Do Xingu (Coopermat), Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Altamira (STTR), Clube de Mães Unidas de Placas (CMUP), Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Altamira e Região (Aprar) e a Cooperativa Central de Produção Orgânica da Transamazônica e Xingu (Cepotx).

O primeiro módulo, de Regularização Sanitária, será desenvolvido de 21 a 24 de junho, no campus da UFPA em Altamira. Nestes quatro dias de encontro presencial, o foco estará em discutir e compreender o processo de regularização de agroindústrias comunitárias da agricultura familiar, povos e comunidades tradicionais, com ênfase nos aspectos sanitários, organização e funcionamento dos sistemas brasileiros de inspeção e suas legislações e os impactos para os empreendimentos, especialmente para o processamento e beneficiamento de alimentos e bebidas da sociobioeconomia. Além disso, a temática de comunicação também permeará as discussões, trazendo reflexões sobre processos informativos que facilitem processos de assessoria e compartilhamento de informação.

A formação faz parte do processo de institucionalização do CapGestão Amazônia, uma formação desenvolvida ainda em 2018. O CapGestão é formado por oito módulos, voltados para fortalecer estratégias mais adequadas para gestão, acesso a mercados e desenvolvimento de empreendimentos da sociobioeconomia. Em Altamira, até o final de novembro de 2023, mais três módulos serão implementados: Regularização Ambiental de Propriedades Rurais;  Desenvolvimento de Modelo e Planos de Negócios; e Gestão Organizacional dos Empreendimentos.

“Nós consideramos as ações do CapGestão de suma importância para nossa região. No passado, o CapGestão já contribuiu com a formação de técnicos que trabalham em rede. Agora nesta nova fase, formando professores e lideranças institucionais, temos a possibilidade de multiplicar os conhecimentos. Por meio desta ação conjunta de formação de formadores, nós podemos fortalecer toda uma estratégia de desenvolvimento sustentável nesta região do sudoeste do Pará, onde há um grande potencial para alinhar o desenvolvimento econômico com sustentabilidade ambiental e melhoria da qualidade de vida das comunidades”, analisa João Batista, coordenador geral da Fundação Viver, Preservar, Produzir (FVPP).  

As ações são implementadas em conjunto com a Universidade Federal do Pará (UFPA)/Campus Altamira, o Instituto Federal do Pará (IFPA)/ Campus Conceição do Araguaia, a FVPP e o projeto Bioeconomia e Cadeias de Valor. Este projeto é desenvolvido na Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da parceria entre o Ministério Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, com recursos do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha.

 

O papel da extensão nas universidades e instituições de ensino

As formações oferecidas pelo CapGestão Amazônia pações instituições de ensino profissional do Pará reforçam um papel fundamental das instituições públicas de ensino, que é também promover ações de extensão. A Lei das Diretrizes e Bases da Educação (LDB) prevê que “as universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial e obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”.

Como uma das funções primordiais das universidades, a extensão universitária pressupõe a integração dessas com a sociedade, por meio de atividades de ensino e pesquisa. Assim, a extensão é uma forma da universidade socializar e democratizar o conhecimento que produz, levando-o ao público que não está dentro das universidades, criando espaços de troca de conhecimentos.

“A formação de formadores oportuniza que professores e professores estejam mais bem preparados, e que possam contar com um conjunto de ferramentas que facilite o seu trabalho de extensão junto aos empreendimentos da agricultura familiar, de povos indígenas e comunidades tradicionais. Além disso, garante que as ações sejam desenvolvidas ao longo dos anos, uma vez que são capitaneadas por um quadro docente comprometido com o desenvolvimento local e com a busca de soluções sustentáveis para uma bioeconomia inclusiva”, atesta Cláudia de Souza, assessora técnica na GIZ.

 

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