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Evento em Cametá abre espaço para discussões sobre o enfoque de gênero em cadeias de valor  

Publicado por GIZ em

Na semana do dia 30 de agosto a 1 de setembro, representando a GIZ (Gesellschaft fuer Internationale Zusammenarbeit), os projetos Bioeconomia e Cadeias de valor e Cosméticos Sustentáveis para a Amazônia participaram do VII Jirau – Agroecologia em Movimento: A resiliência dos povos e comunidades na defesa do direito à vida no território, em Cametá (PA). O Jirau acontece anualmente e é organizado pela Rede Jirau, a Associação Paraense de Apoio às Comunidades Cantes (APACC), Associação Unidade e Cooperação para o Desenvolvimento dos Povos (Ucodep), o  Instituto Federal do Pará e a Natura. 

Ao longo dos três dias, o evento contou com diversas oficinas e mesas de debate, com temas como: gênero, diversidade, resistência, violência contra povos da Amazônia e segurança alimentar. Luciana Rocha, assessora técnica da GIZ, participou da mesa sobre Empreendedorismo de base comunitária nas cadeias da sociobiodiversidade, trazendo uma análise de gênero nas cadeias, com uma reflexão para o diálogo sobre o tema e empoderamento feminino. 

 Além disso, os projetos também participaram como convidados na Oficina de Devolutiva do Estudo de Gênero nas Cadeias de Valor da Sociobiodiversidade, que teve como objetivo analisar a temática de gênero nas cadeias de valor de andiroba, murumuru, patauá, tucumã, pripiroca, pataqueira e estoraque. Na oficina, foram apresentados os resultados dessa pesquisa com o intuito de  sensibilizar e refletir sobre os dados resultantes, como a  restrição de gênero nessas cadeias. O projeto apoiou  custeando as despesas dos participantes de algumas dessas 11 organizações de base que fizeram parte do Estudo.  

Durante a oficina de devolutiva, os representantes das associações e cooperativas, que foram entrevistadas durante o trabalho de construção do estudo, também estavam presentes para debater sobre os resultados obtidos. 

Elizeth de Souza, é uma das organizadoras do Jirau e participou da pesquisa e da  Oficina de Devolutiva do Estudo de Gênero nas Cadeias de Valor da Sociobiodiversidade,  e conta que o papel  das mulheres dentro dessas cooperativas é essencial. “A mulher não está lá só para ajudar, ela tem capacidade de gestar uma associação e/ou uma cooperativa. A mulher não é um sexo frágil.”, disse a organizadora.  

Além disso, Elizeth ainda ressaltou a importância da participação ativa dessas mulheres nas decisões dentro dessas associações.  

“A mulher precisa participar das assembleias, ter voz e vez. Então pra isso, cada cooperativa ou associação  precisa chamar essas mulheres para participar das formações, porque isso é primordial para o empoderamento feminino, para geração de renda e pro reconhecimento da mulher” complementou Elizeth.

Em tempo, o VII Jirau – “Agroecologia em movimento: A resiliência dos povos e comunidades na defesa do direito à vida no território” foi apoiado pelos projetos Bioeconomia e Cadeias de Valor e Cosméticos Sustentáveis da Amazônia, que são desenvolvido no âmbito da parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, com o apoio do Consórcio EcoConsult/Conexsus.  

O objetivo  é  apoiar o desenvolvimento de cadeias de valor com enfoque em gênero para ampliar a comercialização de cooperativas e associações de comunidades locais em cadeias de valor prioritárias para o desenvolvimento de uma Bioeconomia sustentável e inclusiva na Amazônia.  

Na mesma linha, o projeto Cosméticos Sustentáveis da Amazônia é uma parceria entre a GIZ e as empresas Natura e Symrise, no âmbito do programa develoPPP do Ministério da Cooperação da Alemanha (BMZ). O objetivo do projeto é fortalecer as organizações de base comunitária no uso sustentável da sociobiodiversidade amazônica.  

Ao final do evento,  ainda foi realizada uma caminhada até a Feira de Economia Solidária e Agroecológica e demais exposições da região, como ato de encerramento do VII Jirau.  

Por: Eduarda Teixeira